Diferente de hoje
onde todo natal é só mais um natal,
a gente gostava de tirar onda com Deus
e fazer covardia com seus fãs mais exaltados
Nós eramos diabos alados
desgraçados e sem futuro
na visão daquelas velhas chatas, feias e católicas
Hoje, doze anos depois
puto de raiva
gritei pra extravasar
Bom, pelo menos tentei
pois bem no meio de um palavrão,
me lembrei de você
deixando escapar um sorriso bobo no canto da boca
Feliz natal meu velho amigo
E se Deus te pertubar,
a gente acerta ele.
E o tempo passou levando todas as velhas chatas, feias e católicas
dando lugar as nossas mães lindas, maravilhosas
porém deprimidas.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
sábado, 20 de dezembro de 2008
Cartinha para ler com a voz de criança
Bondoso papai do céu
Esse ano eu me comportei mal
Não fui um bom menino
mas no próximo ano eu prometo ser
Deixarei de ser corrupto
Não vou destruir a natureza
Não vou mais por dinheiro na cueca
Prometo cumprir meus dias de trabalho no senado
Não farei vista grossa para a fome
Não desviarei dinheiro
Prometo dar moradia aos sem teto
dar condição de trabalho digna a todos
Não fazer vista grossa para a fome
E nunca mais vou espiar a minha priminha tomar banho.
Esse ano eu me comportei mal
Não fui um bom menino
mas no próximo ano eu prometo ser
Deixarei de ser corrupto
Não vou destruir a natureza
Não vou mais por dinheiro na cueca
Prometo cumprir meus dias de trabalho no senado
Não farei vista grossa para a fome
Não desviarei dinheiro
Prometo dar moradia aos sem teto
dar condição de trabalho digna a todos
Não fazer vista grossa para a fome
E nunca mais vou espiar a minha priminha tomar banho.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
caviar, sobremesa e tira-gosto
Ele trafega pelas ruas
com cara de "que rei sou eu"
Fala de boca cheia a situação do mercado
Monopoliza a cidade
e acredita monopolizar o coração dela também.
Ela agora é da elite
Escuta bossa nova
mas sei que ainda sente tesão pela simplicidade
Carrega guardado o samba no pé
Freqüenta restaurantes finos
e usa vestido de seda
Caminho pelos bares a procura do porre perfeito
Leio livros somente pra esquecer
que meu penar é tudo uma questão de estátus
Infelismente,
sambista e dinheiro não caminham na mesma avenida
e assim, meu samba perdeu a graça mais bela
maldito espirito de Jubiabá
Eles usam e abusam da minha paixão
desfilam abraçados em reuniões e premiações importantes
Pela tv,
vejo que ela não tem mais aquele olhar sincero
e nem aquele sorriso
que radiava ao meu lado nas noites de fevereiro
Ele é mais um velho bem sucedido que comprou a beleza
Eu sou mais um sambista apaixonado que relata sofrimentos
E ela é mais uma que não deu atenção ao Cartola
E que em pouco tempo não serás mais o que és
com cara de "que rei sou eu"
Fala de boca cheia a situação do mercado
Monopoliza a cidade
e acredita monopolizar o coração dela também.
Ela agora é da elite
Escuta bossa nova
mas sei que ainda sente tesão pela simplicidade
Carrega guardado o samba no pé
Freqüenta restaurantes finos
e usa vestido de seda
Caminho pelos bares a procura do porre perfeito
Leio livros somente pra esquecer
que meu penar é tudo uma questão de estátus
Infelismente,
sambista e dinheiro não caminham na mesma avenida
e assim, meu samba perdeu a graça mais bela
maldito espirito de Jubiabá
Eles usam e abusam da minha paixão
desfilam abraçados em reuniões e premiações importantes
Pela tv,
vejo que ela não tem mais aquele olhar sincero
e nem aquele sorriso
que radiava ao meu lado nas noites de fevereiro
Ele é mais um velho bem sucedido que comprou a beleza
Eu sou mais um sambista apaixonado que relata sofrimentos
E ela é mais uma que não deu atenção ao Cartola
E que em pouco tempo não serás mais o que és
sábado, 6 de dezembro de 2008
Cotidiano comum
O olhar de quem não quer ver
A boca de quem implora por silêncio
Folhas brancas sem nenhuma palavra
E uma cabeça cheia de idéias
Os muros da cidade são belos bloquinhos de anotações
Os carros e motocicletas ensaiam uma orquestra incrível
A 9ª sinfonia
A 10ª vitima de um crime bárbaro
O sequestro perfeito
O assalto perfeito
O gozo perfeito da imprensa
As sirenes já estão ligadas
A ambulância cheira esperança
Mas o rabecão tem o odor da morte
Vamos ver qual dos dois chegará primeiro a cena do crime
A cena do filme
A cena do nosso cotidiano
A boca de quem implora por silêncio
Folhas brancas sem nenhuma palavra
E uma cabeça cheia de idéias
Os muros da cidade são belos bloquinhos de anotações
Os carros e motocicletas ensaiam uma orquestra incrível
A 9ª sinfonia
A 10ª vitima de um crime bárbaro
O sequestro perfeito
O assalto perfeito
O gozo perfeito da imprensa
As sirenes já estão ligadas
A ambulância cheira esperança
Mas o rabecão tem o odor da morte
Vamos ver qual dos dois chegará primeiro a cena do crime
A cena do filme
A cena do nosso cotidiano
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
(tradução de: "I started A joke"
Eu comecei a brincar
A qual fez o mundo inteiro começar a chorar
Mas eu não percebi
Que a piada caiu sobre mim
E eu comecei a chorar
O que fez o mundo inteiro começar a sorrir
Se eu tivesse percebido
Que a brincadeira caiu sobre mim...
E eu olhei pra o céu
Passando minhas mãos sobre os meus olhos
E eu caí da cama
machucando minha cabeça
Por coisa que disse
Até que eu finalmente morri
O que fez o mundo inteiro começar a viver
Se eu apenas tivesse percebido
Que a piada caiu sobre mim...
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
população invisível
Assombração da nossa idade
Sentimentos complexos
palavras deixadas ao relento
Na esperança de que alguém sinta um pouco de pena
Corpos jovens,
Corpos magros,
Doentes e doloridos
estendendo as mãos
Repartindo migalhas de escuridão e cólica
em uma calçada qualquer
A vida é só uma teoria
para quem sobrevive.
Sentimentos complexos
palavras deixadas ao relento
Na esperança de que alguém sinta um pouco de pena
Corpos jovens,
Corpos magros,
Doentes e doloridos
estendendo as mãos
Repartindo migalhas de escuridão e cólica
em uma calçada qualquer
A vida é só uma teoria
para quem sobrevive.
sábado, 18 de outubro de 2008
Flashback
Um velho sentimento
Um novo amor
O mesmo coração
Flores cafonas
cartas de amor
mais uma noite em claro
Ouvindo velhas canções de amor
Detesto cigarro
mas um agora até que cairia bem
só pra dar um ar sombrio
do tipo: Ai como o mundo é injusto!
Um telefonema?
melhor não.
Já passaram das três
E nessas horas,
Ninguém tem saco pra ouvir ninguém
Quanto mais um palhaço apaixonado que já não sabe o que sentir.
E nem o que dizer
Que segue a vida apenas repetindo velhos erros
tentando acalentar seu velho e dramático coração
Só o radialista tem pena de mim.
Um novo amor
O mesmo coração
Flores cafonas
cartas de amor
mais uma noite em claro
Ouvindo velhas canções de amor
Detesto cigarro
mas um agora até que cairia bem
só pra dar um ar sombrio
do tipo: Ai como o mundo é injusto!
Um telefonema?
melhor não.
Já passaram das três
E nessas horas,
Ninguém tem saco pra ouvir ninguém
Quanto mais um palhaço apaixonado que já não sabe o que sentir.
E nem o que dizer
Que segue a vida apenas repetindo velhos erros
tentando acalentar seu velho e dramático coração
Só o radialista tem pena de mim.
sábado, 20 de setembro de 2008
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Eu não pedi pra morrer
Praticando a dança do esquecimento
Cuidando das velhas feridas expostas
Contando histórias sem fundamento
Na busca de não me entregar
Defendo toda a minha escuridão e não vejo motivo algum pra torna-la assim tão pública
Tenho um sorriso triste
E um olhar amarelado
Seria anemia?
Seria febre?
Foda-se
Eu só desejo correr pro mirante e tomar um porre do vinho mais vagabundo e barato que existe
E fazer das vozes dos meus amigos um refúgio
Uma forma de ser contra as engrenagens do tradicional relógio da vida
Agora jogo no time do "nem fudendo"
E não tenho mais tempo pra lamentar
Só tenho tempo, e muito pouco tempo,
Pra tentar viver
Curtir,zoar,
Marcar essa minha breve passagem
Seja na areia ou na pedra
Doses homeopáticas que nada
O doutor que me desculpe
Eu quero beber o xarope é no gargalo
E ai de quem vier tentar me vender um pedacinho no céu
Não quero criar barreiras e nem me privar de realizar os meus desejos
As minhas vontades
Chega de sofrer só pra agradar o mundo
Sou mais sorrir por alguns segundos e ver de camarote o mundo viver uma guerra de cem anos
Individualismo egoísta?
Que nada
Quem mandou me dar essa passagem antecipada?
Agora papai,
Aguenta.
Cuidando das velhas feridas expostas
Contando histórias sem fundamento
Na busca de não me entregar
Defendo toda a minha escuridão e não vejo motivo algum pra torna-la assim tão pública
Tenho um sorriso triste
E um olhar amarelado
Seria anemia?
Seria febre?
Foda-se
Eu só desejo correr pro mirante e tomar um porre do vinho mais vagabundo e barato que existe
E fazer das vozes dos meus amigos um refúgio
Uma forma de ser contra as engrenagens do tradicional relógio da vida
Agora jogo no time do "nem fudendo"
E não tenho mais tempo pra lamentar
Só tenho tempo, e muito pouco tempo,
Pra tentar viver
Curtir,zoar,
Marcar essa minha breve passagem
Seja na areia ou na pedra
Doses homeopáticas que nada
O doutor que me desculpe
Eu quero beber o xarope é no gargalo
E ai de quem vier tentar me vender um pedacinho no céu
Não quero criar barreiras e nem me privar de realizar os meus desejos
As minhas vontades
Chega de sofrer só pra agradar o mundo
Sou mais sorrir por alguns segundos e ver de camarote o mundo viver uma guerra de cem anos
Individualismo egoísta?
Que nada
Quem mandou me dar essa passagem antecipada?
Agora papai,
Aguenta.
sábado, 6 de setembro de 2008
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Graziela
Mulher inteligente
Menina abusada
Escreve suavemente poesias de peso em seu diário imaginário
visível pra qualquer um que tenha mente aberta
Atrevida, sabe onde por a língua
Não joga palavras ao vento
prefere compartilhar todas com suas idéias e pensamentos deliciosos
sempre a um palmo do pecado
O que os tornam um vício
Cheia de requintes,
tem um geito torto de ver as coisas
coloca as criticas no meio
entre o veneno e o mel
Não acredito na mancha do pecado
mas que ela tem a cor
ha! isso ela tem...
E assim é ela surgiu
ela e eu
vc e ela
ela e nós
grazi e ela
Menina abusada
Escreve suavemente poesias de peso em seu diário imaginário
visível pra qualquer um que tenha mente aberta
Atrevida, sabe onde por a língua
Não joga palavras ao vento
prefere compartilhar todas com suas idéias e pensamentos deliciosos
sempre a um palmo do pecado
O que os tornam um vício
Cheia de requintes,
tem um geito torto de ver as coisas
coloca as criticas no meio
entre o veneno e o mel
Não acredito na mancha do pecado
mas que ela tem a cor
ha! isso ela tem...
E assim é ela surgiu
ela e eu
vc e ela
ela e nós
grazi e ela
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!
Te olhar com meus olhos de fome
Te enxergar como o mais belo prato
Princesa mesquinha
Tem lápis cryon na bolsa de grife
E eu apenas com meu par de tênis sujo e surrado
de tanto te seguir por essa cidade surrada
de ruas sujas
Meus amigos dizem que estou pirando
Buscando longe flores que nascem em qualquer quintal
mas só tenho um pequeno frasco
e nele só cabe o teu perfume
Suas amigas existem só pra me atrapalhar
são seus escudos contra as minhas cantadas baratas
E eu assim tão sóbrio,
Maluco
Ensaio delirantes formas de gritar frases loucas
só pra te impressionar
Gasto todo o meu leque de clichês
E deixo a criatividade pra depois
Te enxergar como o mais belo prato
Princesa mesquinha
Tem lápis cryon na bolsa de grife
E eu apenas com meu par de tênis sujo e surrado
de tanto te seguir por essa cidade surrada
de ruas sujas
Meus amigos dizem que estou pirando
Buscando longe flores que nascem em qualquer quintal
mas só tenho um pequeno frasco
e nele só cabe o teu perfume
Suas amigas existem só pra me atrapalhar
são seus escudos contra as minhas cantadas baratas
E eu assim tão sóbrio,
Maluco
Ensaio delirantes formas de gritar frases loucas
só pra te impressionar
Gasto todo o meu leque de clichês
E deixo a criatividade pra depois
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Pequena tentação
Menina atrevida
Sabe como mexer comigo
Sabe que não sou tão santo
Vem só pra me balançar
Olha menina
Respeite as minhas entradas
Não posso ficar nessa de adolescente
Já não sou mais garotão
Vem mancinha
Cheia de dengo
Encosta em meu ombro
Pendindo cafuné
Sabe que sou ignorante
Sabe que sou grosseiro
Mas também sabe que pra ela não sei dizer não
É sempre sim
É sempre sim
Ai ai
Sofre peito velho
Essa pequena tentação
Sabe como mexer comigo
Sabe que não sou tão santo
Vem só pra me balançar
Olha menina
Respeite as minhas entradas
Não posso ficar nessa de adolescente
Já não sou mais garotão
Vem mancinha
Cheia de dengo
Encosta em meu ombro
Pendindo cafuné
Sabe que sou ignorante
Sabe que sou grosseiro
Mas também sabe que pra ela não sei dizer não
É sempre sim
É sempre sim
Ai ai
Sofre peito velho
Essa pequena tentação
terça-feira, 5 de agosto de 2008
E lá fora o grilo canta
Paulo acorda no meio da madrugada
Rola pela cama e sente que ela está maior, mais espaçosa
Tenta não pensar em nada para ver se retoma o sono
mas foi derrotado pelos gritos vindo da sala
Adormeceu com a TV ligada mais uma vez
Pensa em levantar mas o corpo não responde
Solidão leva ao porre
Pobre Paulo
Tão Sozinho...
Sozinho não, na Tv o pastor da universal grita palavras mais macabras do que os filmes que passam no corujão
mas nenhum dos dois são mais medonhos do que o aluguel atrasado
ele sim é assustador
Cria coragem e se levanta
Vai ao banheiro e na pequena pia de rosto lava toda a sua tensão
desliga a TV e caminha pela sala
Sem perceber,
dá três voltas ao redor do sofá como se estivesse em busca de uma saída
o elo de ligação entre a sala e o quarto mas encontra mais do que isso
encontra o elo entre o quarto e a cama
a cama e o sono
E que se exploda a solidão,
o porre,
a TV,
o pastor e o aluguel atrasado
Boa noite meu amigo
Boa noite...
Rola pela cama e sente que ela está maior, mais espaçosa
Tenta não pensar em nada para ver se retoma o sono
mas foi derrotado pelos gritos vindo da sala
Adormeceu com a TV ligada mais uma vez
Pensa em levantar mas o corpo não responde
Solidão leva ao porre
Pobre Paulo
Tão Sozinho...
Sozinho não, na Tv o pastor da universal grita palavras mais macabras do que os filmes que passam no corujão
mas nenhum dos dois são mais medonhos do que o aluguel atrasado
ele sim é assustador
Cria coragem e se levanta
Vai ao banheiro e na pequena pia de rosto lava toda a sua tensão
desliga a TV e caminha pela sala
Sem perceber,
dá três voltas ao redor do sofá como se estivesse em busca de uma saída
o elo de ligação entre a sala e o quarto mas encontra mais do que isso
encontra o elo entre o quarto e a cama
a cama e o sono
E que se exploda a solidão,
o porre,
a TV,
o pastor e o aluguel atrasado
Boa noite meu amigo
Boa noite...
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
pensamento de um canhoto tímido
"Especial é te fazer sorrir
Seja por qualquer motivo
Seja por qualquer bobagem
Te ver assim tão bem,
Me faz um bem danado"
Seja por qualquer motivo
Seja por qualquer bobagem
Te ver assim tão bem,
Me faz um bem danado"
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
A NASA confirma: Existe água em Marte
quarta-feira, 30 de julho de 2008
Outono de 1976
Vendo você partir sem nada poder fazer, me sinto inválido mas sei que voltará, sim, um dia voltará seja lá como for, seja lá em quais condições, você voltará, sempre voltará porque metade de você eu carrego comigo e você não conseguirá encontrar nada que possa te fazer sentir completa nem mesmo toda liberdade do mundo.
Vá com os anjos meu amor, vá em paz...
sábado, 26 de julho de 2008
sexta-feira, 25 de julho de 2008
terça-feira, 22 de julho de 2008
Pro inferno
Aonde vai menino?
Com essa calça larga, boné vermelho atolado na cabeça e com um olhar de quem vai desgraçar o mundo
Pra onde vai menino?
Mochila nas costas, tênis rasgado e respiração ofegante
Vai matar alguém?
Vai se matar?
Quem sabe?
Menino tem ódio pintado na cara
Menino tem raiva de mim e de você
Menino Tem raiva do mundo
Pra que entrou na loja menino?
Tá com fome?
Vai roubar?
Esse revólver não é seu
Esse revólver não é você
Esse revolver é o seu santo protetor
ele te da dinheiro
ele te da comida
Ele te deixa forte
Vai lá
Quebra tudo
atire sem dó, sem medo e sem culpa
Pois você é filho da gente
Criado pela gente
E a responsabilidade é toda nossa
Com essa calça larga, boné vermelho atolado na cabeça e com um olhar de quem vai desgraçar o mundo
Pra onde vai menino?
Mochila nas costas, tênis rasgado e respiração ofegante
Vai matar alguém?
Vai se matar?
Quem sabe?
Menino tem ódio pintado na cara
Menino tem raiva de mim e de você
Menino Tem raiva do mundo
Pra que entrou na loja menino?
Tá com fome?
Vai roubar?
Esse revólver não é seu
Esse revólver não é você
Esse revolver é o seu santo protetor
ele te da dinheiro
ele te da comida
Ele te deixa forte
Vai lá
Quebra tudo
atire sem dó, sem medo e sem culpa
Pois você é filho da gente
Criado pela gente
E a responsabilidade é toda nossa
sábado, 12 de julho de 2008
quinta-feira, 10 de julho de 2008
Filhos de julho
O menino corre, corre, corre
Descalço e com as havaianas presas aos cotovelos cinzas e pontiagudos
No rosto um olhar apreensivo e na boca todos os palavrões do mundo
Ele tem amigos que também sabem correr
Amigos que também sabem falar palavrão
E eles correm entre os carros e por ruas de paralelepípedos azuís e árvores secas,varandas e senhoras católicas obscecadas pela vida alheia.
Em tardes de julho, esses meninos papaléguas de boca suja se multiplicam, se materializam em linha nº10 100% algodão, em caco de vidro moído, em bola de capotão, revista de mulher pelada entre outros critérios de valor.
Menino louco corre e se esconde
Cansado e com o coração batento a mil
As narinas dilatadas e o suor escorrendo pela testa suja de carvão
O perigo está por perto e ele não pode ser pego
ele observa o movimento e prefere continuar escondido afinal, sair dali seria muito arriscado e ele sabe que se for pego, as conseqüências serão terríveis
Incrivelmente, mesmo estando alí apertado e com o cu na mão, ele nem se recorda que em casa tem uma irmã secretária que todos os dias chega em casa tarde da noite sempre de carona em carros diferentes, uma mãe que adora usar um lenço na cabeça e tem mania de limpeza, e um pai operário de porte físico invejável de olhos avermelhados que esconde a tristeza chorando no banheiro
Mas nesse momento tudo isso não existe para aquele menino de canelas finas e russas que sai do esconderijo feito um gato e corre feito um mensageiro que leva a notícia que poderá mudar os rumos da história
Mas ele corre pra se defender,
Pra tirar o seu pescoço da degola
pra se manter com fama de ser o mais ágil, o mais foda de toda a turma
Pra chegar até aquele poste e gritar bem alto:
1,2,3 salve todos!
Descalço e com as havaianas presas aos cotovelos cinzas e pontiagudos
No rosto um olhar apreensivo e na boca todos os palavrões do mundo
Ele tem amigos que também sabem correr
Amigos que também sabem falar palavrão
E eles correm entre os carros e por ruas de paralelepípedos azuís e árvores secas,varandas e senhoras católicas obscecadas pela vida alheia.
Em tardes de julho, esses meninos papaléguas de boca suja se multiplicam, se materializam em linha nº10 100% algodão, em caco de vidro moído, em bola de capotão, revista de mulher pelada entre outros critérios de valor.
Menino louco corre e se esconde
Cansado e com o coração batento a mil
As narinas dilatadas e o suor escorrendo pela testa suja de carvão
O perigo está por perto e ele não pode ser pego
ele observa o movimento e prefere continuar escondido afinal, sair dali seria muito arriscado e ele sabe que se for pego, as conseqüências serão terríveis
Incrivelmente, mesmo estando alí apertado e com o cu na mão, ele nem se recorda que em casa tem uma irmã secretária que todos os dias chega em casa tarde da noite sempre de carona em carros diferentes, uma mãe que adora usar um lenço na cabeça e tem mania de limpeza, e um pai operário de porte físico invejável de olhos avermelhados que esconde a tristeza chorando no banheiro
Mas nesse momento tudo isso não existe para aquele menino de canelas finas e russas que sai do esconderijo feito um gato e corre feito um mensageiro que leva a notícia que poderá mudar os rumos da história
Mas ele corre pra se defender,
Pra tirar o seu pescoço da degola
pra se manter com fama de ser o mais ágil, o mais foda de toda a turma
Pra chegar até aquele poste e gritar bem alto:
1,2,3 salve todos!
segunda-feira, 7 de julho de 2008
Presságio de um passado comum
-Cara, tô indo nessa
-Que isso?
senta aí meu irmão, vamos conversar um pouco mais
O café já está quase pronto
Vamos relembrar os bons momentos
falar um pouco de palavrão
E esquecer que temos mulher, filhos e responsabilidades
-Tá certo, vamos deixar tudo isso pra amanhã
isso é coisa pra segunda feira
vc se lebra do Carlinhos?
Pois é, conheceu uma coroa e se mandou pra Portugual
Jura que não virou gigolô
-E a patricía?
-aquela gostosa irmã da fabiana?
POw! fodia muito
-Sim, essa mesmo
-Tá maus, dizem que tá com a danada
-Jura?
-Pois é
Mas o povo fala demais
-E como fala
Além de falar, inventa
Vai saber...
-E seu time hein?
-Nem me fale
-Não ganha de ninguém
-Ha! mas nem ligo mais
-Quem diria!
Vivia brigando no bar do juca por causa de futebol..
-Ha meu amigo, a gente fica ativo, nem que seja na marra
Coisas do tempo
-Tem notícia do Xande?
-A ultima vez que eu estive com ele, estava parecendo um cafetão
Usava camisa social abotoada pelas metade, cordão de ouro e tudo
-Caraí! é mesmo?
-Tô te falando..
-Porra!
Pra quem quase morreu de amor hein?
-É mesmo. A Dany quase o matou
Começou bebendo por amor,
com o tempo se esqueceu da Dany e se apaixonou pelo álcool
E aquele pois é lá na garagem?
-Você viu só? arrumadinho né?
-78?
-Sim sim
-Tá nos trinques
-Bão de motor e de lataria também
-Legal
-Eu vendi aquele passat e depois me encrenquei com um voyage
-Encrencou porque?
-Porra aquilo era foda
Bebia mas do que o dono
-Vixe!
-Assim é foda. duas famílias não dá né cara?
-É complicado
-E esse videogame aí?
-É do Rafael
Passa horas jogando isso aí
-Aposto que você também fica
-Que nada, não consigo jogar essas coisas modernas
Parei no Nintendo
-Meu faz tempo hein?
Você se lembra quando a gente jogava lá na casa do Loló?
-Porra nem me lembre
Era muito louco
-Era tanta gente que se perdesse, só chegaria a sua vez depois de duas horas
-Era mesmo
-O paulinho gostava era daquele de corrida né?
Como se chamava mesmo?
-Top Gear
-Putz! esse mesmo
-Era muito bom
-Aquele monte de nego barbado misturado com a mulecada
-Era muito bom
Sem contar a fumaçada na sala né?
Cigarrada do caraí
-Exemplo zero
-Mas o lance deles era só o game mesmo Benza Deus
-A mulecada era firmeza mesmo
Hoje tá aí, cada nego maior do que a gente
-Pois é cara,
-É meu irmão, a gente tá ficando velho
E você ainda me inventa de usar esse bigodinho aí
-Qualé cara?
Só uso porque a mulher disse que fico bem assim
Disse que me dá um ar de homem sério
-então lá no barraco é a mulher que manda?
-Bom, não é bem assim né meu chapa
Sabe como é, tem que ficar bonito pra patroa
-Pode crer.
-Cara o papo tá bom mas tenho que ir nessa
Ainda tenho que passar lá na caixa econômica
Aquilo lá deve estar um inferno
-Caramba, fim de mês é complicado mesmo
-Então fica assim cara, agora é a sua vez de ir lá em casa
-Vou sim véi
-leva a patroa e os muleques
-Combinado
-Até mais, vamos ficar aguardando por vocês
-Tranquilo então
-Até mais
-Até.
E nesse dia, eles desenterraram um monte de gente que o tempo fez questão de encobrir
-Que isso?
senta aí meu irmão, vamos conversar um pouco mais
O café já está quase pronto
Vamos relembrar os bons momentos
falar um pouco de palavrão
E esquecer que temos mulher, filhos e responsabilidades
-Tá certo, vamos deixar tudo isso pra amanhã
isso é coisa pra segunda feira
vc se lebra do Carlinhos?
Pois é, conheceu uma coroa e se mandou pra Portugual
Jura que não virou gigolô
-E a patricía?
-aquela gostosa irmã da fabiana?
POw! fodia muito
-Sim, essa mesmo
-Tá maus, dizem que tá com a danada
-Jura?
-Pois é
Mas o povo fala demais
-E como fala
Além de falar, inventa
Vai saber...
-E seu time hein?
-Nem me fale
-Não ganha de ninguém
-Ha! mas nem ligo mais
-Quem diria!
Vivia brigando no bar do juca por causa de futebol..
-Ha meu amigo, a gente fica ativo, nem que seja na marra
Coisas do tempo
-Tem notícia do Xande?
-A ultima vez que eu estive com ele, estava parecendo um cafetão
Usava camisa social abotoada pelas metade, cordão de ouro e tudo
-Caraí! é mesmo?
-Tô te falando..
-Porra!
Pra quem quase morreu de amor hein?
-É mesmo. A Dany quase o matou
Começou bebendo por amor,
com o tempo se esqueceu da Dany e se apaixonou pelo álcool
E aquele pois é lá na garagem?
-Você viu só? arrumadinho né?
-78?
-Sim sim
-Tá nos trinques
-Bão de motor e de lataria também
-Legal
-Eu vendi aquele passat e depois me encrenquei com um voyage
-Encrencou porque?
-Porra aquilo era foda
Bebia mas do que o dono
-Vixe!
-Assim é foda. duas famílias não dá né cara?
-É complicado
-E esse videogame aí?
-É do Rafael
Passa horas jogando isso aí
-Aposto que você também fica
-Que nada, não consigo jogar essas coisas modernas
Parei no Nintendo
-Meu faz tempo hein?
Você se lembra quando a gente jogava lá na casa do Loló?
-Porra nem me lembre
Era muito louco
-Era tanta gente que se perdesse, só chegaria a sua vez depois de duas horas
-Era mesmo
-O paulinho gostava era daquele de corrida né?
Como se chamava mesmo?
-Top Gear
-Putz! esse mesmo
-Era muito bom
-Aquele monte de nego barbado misturado com a mulecada
-Era muito bom
Sem contar a fumaçada na sala né?
Cigarrada do caraí
-Exemplo zero
-Mas o lance deles era só o game mesmo Benza Deus
-A mulecada era firmeza mesmo
Hoje tá aí, cada nego maior do que a gente
-Pois é cara,
-É meu irmão, a gente tá ficando velho
E você ainda me inventa de usar esse bigodinho aí
-Qualé cara?
Só uso porque a mulher disse que fico bem assim
Disse que me dá um ar de homem sério
-então lá no barraco é a mulher que manda?
-Bom, não é bem assim né meu chapa
Sabe como é, tem que ficar bonito pra patroa
-Pode crer.
-Cara o papo tá bom mas tenho que ir nessa
Ainda tenho que passar lá na caixa econômica
Aquilo lá deve estar um inferno
-Caramba, fim de mês é complicado mesmo
-Então fica assim cara, agora é a sua vez de ir lá em casa
-Vou sim véi
-leva a patroa e os muleques
-Combinado
-Até mais, vamos ficar aguardando por vocês
-Tranquilo então
-Até mais
-Até.
E nesse dia, eles desenterraram um monte de gente que o tempo fez questão de encobrir
sábado, 5 de julho de 2008
Muito drama e pouco açucar
Três da manhã
Na tv passa propaganda de produtos que jamais comprarei
O silêncio da rua me incomoda
A lentidão do relógio embala o meu tédio
Não tenho ninguém
A cabeça a mil
O coração disparado
livro algum me trás calmaria
Merda alguma me trás conforto
Estou frente a frente com o vazio
Não sinto vontade de nada
Mas, sinto falta de tudo
Reclamação besta
Apenas perdi o sono
Só isso
Na tv passa propaganda de produtos que jamais comprarei
O silêncio da rua me incomoda
A lentidão do relógio embala o meu tédio
Não tenho ninguém
A cabeça a mil
O coração disparado
livro algum me trás calmaria
Merda alguma me trás conforto
Estou frente a frente com o vazio
Não sinto vontade de nada
Mas, sinto falta de tudo
Reclamação besta
Apenas perdi o sono
Só isso
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Esperança (En tu casa voy a estar por mucho tiempo)
A vida nem sempre é vivida
O sangue nem sempre é o da gente
Mas a dor, por nós, é sempre sentida
Tantos anos desperdiçados
Tantos ideais enclausurados em uma cabana
A selva é um detalhe
os animais andam armados
brincando de revolucionar
Che Guevara chora
ao ver seu nome sendo usado em vão
Muitas famílias choram por falta de notícia
choram de saudade, de dor e agonia
E eles?
Amam se armar
E odeiam o amor
A nossa bela e sofrida américa do Sul
Senpre explorada
sempre castigada
sempre vista apenas como matéria prima
e seus habitantes,
mão de obra barata
sofre com mais essa ferida
Mulher frágil de espirito forte
seis anos de morte não foram capazes de apagar os seus ideais, seus sonhos
A sua liberdade nos fez recordar desse sentimento
Essa palavra que há anos escorre em nossas lágrimas
Em nossos pulsos
Ainda podemos sonhar.
O sangue nem sempre é o da gente
Mas a dor, por nós, é sempre sentida
Tantos anos desperdiçados
Tantos ideais enclausurados em uma cabana
A selva é um detalhe
os animais andam armados
brincando de revolucionar
Che Guevara chora
ao ver seu nome sendo usado em vão
Muitas famílias choram por falta de notícia
choram de saudade, de dor e agonia
E eles?
Amam se armar
E odeiam o amor
A nossa bela e sofrida américa do Sul
Senpre explorada
sempre castigada
sempre vista apenas como matéria prima
e seus habitantes,
mão de obra barata
sofre com mais essa ferida
Mulher frágil de espirito forte
seis anos de morte não foram capazes de apagar os seus ideais, seus sonhos
A sua liberdade nos fez recordar desse sentimento
Essa palavra que há anos escorre em nossas lágrimas
Em nossos pulsos
Ainda podemos sonhar.
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Visões, sonhos e detalhes
Quantas coisas acontecem numa fração de tempo
Uma criança sorri
Um adulto reclama
Um acidente
Um parto
Hoje essa praça está diferente
Estranha, cinza
De normal, só os pombos
Sentado nesse banco tento me desligar
mas essa mania estranha de observar me consome
Carros que passam
Cachorros que cruzam
Velhos que tiram sarro do tempo em mesas de dama
Tudo isso atiça o meu olhar
Mania boba de enxergar demais
De ouvir demais
De falar de menos
Sinto que alguma coisa inesperada irá acontecer
Alguma coisa que irá mudar o meu dia
Mais que nada
É somente vontade de quebrar esse gelo que formou uma barreira entre a minha visão e eu
Pura bobagem
Sonho acordado
E só me acordo com uma debandada
Malditos cachorros
porque foram espantar os pombos?
Uma criança sorri
Um adulto reclama
Um acidente
Um parto
Hoje essa praça está diferente
Estranha, cinza
De normal, só os pombos
Sentado nesse banco tento me desligar
mas essa mania estranha de observar me consome
Carros que passam
Cachorros que cruzam
Velhos que tiram sarro do tempo em mesas de dama
Tudo isso atiça o meu olhar
Mania boba de enxergar demais
De ouvir demais
De falar de menos
Sinto que alguma coisa inesperada irá acontecer
Alguma coisa que irá mudar o meu dia
Mais que nada
É somente vontade de quebrar esse gelo que formou uma barreira entre a minha visão e eu
Pura bobagem
Sonho acordado
E só me acordo com uma debandada
Malditos cachorros
porque foram espantar os pombos?
O ponto de vista de uma vista cansada
Nós sempre tomamos no cu.
Na solidão tomamos no cu
Na depressão tomamos no cu
Nas noites de frio tomamos no cu
Nas chuvas de dezembro tomamos no cu
Nos telefones no meio da madrugada tomamos no cu
Nas conversas vazias tomamos no cu
No trabalho tomamos no cu
E até mesmo no amor
Estamos sempre tomando no cu
E às vezes,
Tomamos no cu apenas por tomar
Na solidão tomamos no cu
Na depressão tomamos no cu
Nas noites de frio tomamos no cu
Nas chuvas de dezembro tomamos no cu
Nos telefones no meio da madrugada tomamos no cu
Nas conversas vazias tomamos no cu
No trabalho tomamos no cu
E até mesmo no amor
Estamos sempre tomando no cu
E às vezes,
Tomamos no cu apenas por tomar
Depoimento concreto
Uma garota passou e me olhou.
Uma criança passou e me olhou.
Uma senhora gorda passou e me olhou
Um vendedor passou e me olhou.
Um bêbado passou e me cumprimentou.
Um mendigo passou e me olhou.
Mas o pombo
Esse sim.
Defecou-me todo.
Uma criança passou e me olhou.
Uma senhora gorda passou e me olhou
Um vendedor passou e me olhou.
Um bêbado passou e me cumprimentou.
Um mendigo passou e me olhou.
Mas o pombo
Esse sim.
Defecou-me todo.
Olhar de estudante
Pelo campus da universidade
Passeiam belas garotas.
Mini-saias
Mini-blusas
Mini-cérebros,
Mas uma “grande” beleza.
Passeiam belas garotas.
Mini-saias
Mini-blusas
Mini-cérebros,
Mas uma “grande” beleza.
Plantando flores
Tenho conversado com muitos jovens
E percebo que sempre lhes faltam algo.
É sempre assim.
Sempre me faltou, e sempre faltará.
As respostas de que preciso ouvir
Palavras doces que ninguém quer me dar
As conversas são sempre vazias
E os olhos não espiram confiança
Mas na carência em tudo se apega
E nas revoltas, só nós não temos culpa.
Herdeiros de um mundo que não é nosso
Por isso á tamanha falta de respeito
O medo é apenas objeto
E as canções um ponto de refúgio
Quebrar padrões é sempre uma constante
Mas os padrões sempre me sufocam
“Sociedade” é uma fantasia
Que esconde o rosto do egoísmo.
Como ser feliz
Com tanta coisa podre?
Como ser feliz
Com tanta solidão?
Como ser feliz
Preso em correntes?
Como ser feliz?
Como ser feliz?
E percebo que sempre lhes faltam algo.
É sempre assim.
Sempre me faltou, e sempre faltará.
As respostas de que preciso ouvir
Palavras doces que ninguém quer me dar
As conversas são sempre vazias
E os olhos não espiram confiança
Mas na carência em tudo se apega
E nas revoltas, só nós não temos culpa.
Herdeiros de um mundo que não é nosso
Por isso á tamanha falta de respeito
O medo é apenas objeto
E as canções um ponto de refúgio
Quebrar padrões é sempre uma constante
Mas os padrões sempre me sufocam
“Sociedade” é uma fantasia
Que esconde o rosto do egoísmo.
Como ser feliz
Com tanta coisa podre?
Como ser feliz
Com tanta solidão?
Como ser feliz
Preso em correntes?
Como ser feliz?
Como ser feliz?
Conformismo
Guerra e destruição
Medo, dor e solidão.
Conflito entre nações
Choque entre religiões
Tudo isso já não me surpreende mais.
Greve, fome, ambição.
Seqüestro, roubo, humilhação.
Toda essa estupidez
E essa grande insensatez
Não me surpreende mais.
Luxúria, vaidade, cobiça.
Estupro, aborto, malícia.
Não me surpreende mais.
Prostituição, se vender
O dinheiro comprando o prazer
Tudo issoNão me surpreende mais.
Drogas ingeridas e injetáveis
Câncer, AIDS, lepra
Doenças incuráveis
A peste não me assusta mais.
Irracionalidade,
Homicídio,
Mente vazia,
Suicídio.
Todos esses “detalhes humanos”
Já não me provocam medo.
Medo, dor e solidão.
Conflito entre nações
Choque entre religiões
Tudo isso já não me surpreende mais.
Greve, fome, ambição.
Seqüestro, roubo, humilhação.
Toda essa estupidez
E essa grande insensatez
Não me surpreende mais.
Luxúria, vaidade, cobiça.
Estupro, aborto, malícia.
Não me surpreende mais.
Prostituição, se vender
O dinheiro comprando o prazer
Tudo issoNão me surpreende mais.
Drogas ingeridas e injetáveis
Câncer, AIDS, lepra
Doenças incuráveis
A peste não me assusta mais.
Irracionalidade,
Homicídio,
Mente vazia,
Suicídio.
Todos esses “detalhes humanos”
Já não me provocam medo.
Saiba Meu Lado Negro que nessa brincadeira, já se foram 4 anos
Você me conta segredos
Coisas que jamais teria coragem de dizer para um outro alguém
E eu?
como fico agora?
Você me pede opinião a respeito de seu geito de vestir
Seu novo namorado,seus medos
E eu ?
Como fico agora?
Me fala de poesia, autores do passado,
Quer discutir Camões as 2 da madrugada
E eu?
Como fico agora?
Procura me fazer sorrir
Me falando do seu cinismo perante o mundo
E eu como fico?
Te tenho sempre ao meu lado
Mas não te tenho como eu quero
E eu?
O que eu posso fazer?
Não digo que sofro com tudo isso
Sua presença me faz bem
Mas, poderia ser bem melhor
É, você não sabe
E talvez nunca saberá
Que todo o seu cinismo é fichinha perante ao meu
Perante a mim
Perante a nós
E eu?
Sempre sorrindo,
Sempre aberto,
Sempre fechado,
Sempre me comendo por dentro
E você?
sempre tão linda,
Sempre tão louca,
Sempre tão sempre
Mas nunca aprendeu a ler a linguagem dos meus olhos
Seria bem mais fácil
Pois os meus lábios são covardes
E eu não sei como instiga-los
Coisas que jamais teria coragem de dizer para um outro alguém
E eu?
como fico agora?
Você me pede opinião a respeito de seu geito de vestir
Seu novo namorado,seus medos
E eu ?
Como fico agora?
Me fala de poesia, autores do passado,
Quer discutir Camões as 2 da madrugada
E eu?
Como fico agora?
Procura me fazer sorrir
Me falando do seu cinismo perante o mundo
E eu como fico?
Te tenho sempre ao meu lado
Mas não te tenho como eu quero
E eu?
O que eu posso fazer?
Não digo que sofro com tudo isso
Sua presença me faz bem
Mas, poderia ser bem melhor
É, você não sabe
E talvez nunca saberá
Que todo o seu cinismo é fichinha perante ao meu
Perante a mim
Perante a nós
E eu?
Sempre sorrindo,
Sempre aberto,
Sempre fechado,
Sempre me comendo por dentro
E você?
sempre tão linda,
Sempre tão louca,
Sempre tão sempre
Mas nunca aprendeu a ler a linguagem dos meus olhos
Seria bem mais fácil
Pois os meus lábios são covardes
E eu não sei como instiga-los
Lamúrias
Você faz falta em minha vida
Sim, como faz falta
Mas a vida segue
E a saudade fica
Que pena!
Triste é o buraco que nos separa
Triste é essa dor
Essa angústia que insiste em me enforcar
Por favor volte!
Sei que não é mais possível
Pois é...
Tão impossível quanto te esquecer
Do que vale as lamurias?
Do que vale a solidão?
Do que vale a morte?
Não sei.
A sua foi em vão.
Mas a minha vida segue fria,
Triste,
Solitária
Com uma única certeza
O meu eterno amor por você
Sim, como faz falta
Mas a vida segue
E a saudade fica
Que pena!
Triste é o buraco que nos separa
Triste é essa dor
Essa angústia que insiste em me enforcar
Por favor volte!
Sei que não é mais possível
Pois é...
Tão impossível quanto te esquecer
Do que vale as lamurias?
Do que vale a solidão?
Do que vale a morte?
Não sei.
A sua foi em vão.
Mas a minha vida segue fria,
Triste,
Solitária
Com uma única certeza
O meu eterno amor por você
Inoscente traição
Hoje me peguei parado
Com os olhos serenos e um sorriso extremamente inocente
Jorrando nos lábios
Meu Deus!
O homem cresce, cria barba, fica sério, fica grosso, vira rocha.
Mas tem coisas que o torna tão vulnerável, mas vulnerável,
Que de certo modo, chega até dar pena.
Não sei por que e nem por qual motivo
Veio a minha mente um antigo amor
Amor d’aqueles juvenis
Que de tão puro e inocente
Com o tempo deixa de existir no coração
Mas seu fantasma fica ali, guardado,
Escondidinho na memória
E que quando menos se espera
Ta lá você parado, com a mesma face de vinte anos atrás.
E um olhar extremamente nostálgico
Fazendo da saudade a melhor e mais real amiga
É estranho e com toda razão incompreensível
Para aquela que hoje é a dona da sua vida
Que te cutuca e te pergunta:
- O que há?
Despertando-te para a vida,
Para a realidade.
E você, ocultando a verdade.
Simplesmente responde:
- Nada não meu amor.
Nada Não.
Com os olhos serenos e um sorriso extremamente inocente
Jorrando nos lábios
Meu Deus!
O homem cresce, cria barba, fica sério, fica grosso, vira rocha.
Mas tem coisas que o torna tão vulnerável, mas vulnerável,
Que de certo modo, chega até dar pena.
Não sei por que e nem por qual motivo
Veio a minha mente um antigo amor
Amor d’aqueles juvenis
Que de tão puro e inocente
Com o tempo deixa de existir no coração
Mas seu fantasma fica ali, guardado,
Escondidinho na memória
E que quando menos se espera
Ta lá você parado, com a mesma face de vinte anos atrás.
E um olhar extremamente nostálgico
Fazendo da saudade a melhor e mais real amiga
É estranho e com toda razão incompreensível
Para aquela que hoje é a dona da sua vida
Que te cutuca e te pergunta:
- O que há?
Despertando-te para a vida,
Para a realidade.
E você, ocultando a verdade.
Simplesmente responde:
- Nada não meu amor.
Nada Não.
Reencontro
Ora essa!
Por que agora?
Tivemos todo o tempo do mundo
Mas você preferiu esperar
Cruzamos constelações diferentes
Você virou norte,
E eu continuei ao sul
Porém,Com vidas não se brinca
Mas o melhor jeito de viver é levando tudo na brincadeira
E isso eu só aprendi depois de anos de seriedade.
Diga a verdade,
O que você quer de mim?
Se for apenas mexer com a minha cabeça
Já conseguiu
Se for simplesmente relembrar intensos momentos
Seremos nostálgicos.
Agora,
Se for viver tudo novamente
Respeite quem hoje são “donos” de nossas vidas
E vamos deixar tudo como está.
Por que agora?
Tivemos todo o tempo do mundo
Mas você preferiu esperar
Cruzamos constelações diferentes
Você virou norte,
E eu continuei ao sul
Porém,Com vidas não se brinca
Mas o melhor jeito de viver é levando tudo na brincadeira
E isso eu só aprendi depois de anos de seriedade.
Diga a verdade,
O que você quer de mim?
Se for apenas mexer com a minha cabeça
Já conseguiu
Se for simplesmente relembrar intensos momentos
Seremos nostálgicos.
Agora,
Se for viver tudo novamente
Respeite quem hoje são “donos” de nossas vidas
E vamos deixar tudo como está.
Lobo de alma pura
Hoje eu me revelei
Me descobri
Me permiti ser eu mesmo
Sem auto repressão
Fui eu mesmo
Completamente nu e cru
De cara limpa e coração sensato
Assustado e meio deslocado na quele cara que alí,
Dizia palavras sinceras
Com uma navalha entre os dentes
Prontinho pra atacar o primeiro que fizesse por merecer
Me descobri
Me permiti ser eu mesmo
Sem auto repressão
Fui eu mesmo
Completamente nu e cru
De cara limpa e coração sensato
Assustado e meio deslocado na quele cara que alí,
Dizia palavras sinceras
Com uma navalha entre os dentes
Prontinho pra atacar o primeiro que fizesse por merecer
A busca
Procuro por algo
Que possa acalmar esse meu espírito mesquinho,
Egoísta,
Que só pensa em te querer
Só pensa em te querer
Só pensa em te querer...
Que possa acalmar esse meu espírito mesquinho,
Egoísta,
Que só pensa em te querer
Só pensa em te querer
Só pensa em te querer...
Nada de mim
Não sei te dizer
Se tudo o que eu lhe disse é verdade
Ou será mentira?
Existem meias verdades?
Existem meias mentiras?
É complicado explicar aquilo que não sabemos ao certo
O que realmente é.
Sou ignorante de mim mesmo
Então finjo ser misterioso apenas para esconder essa minha ignorância
Esse lago de incertezas onde me afogo
Quando busco respostas ao que diz respeito a meus sentimentos.
Se tudo o que eu lhe disse é verdade
Ou será mentira?
Existem meias verdades?
Existem meias mentiras?
É complicado explicar aquilo que não sabemos ao certo
O que realmente é.
Sou ignorante de mim mesmo
Então finjo ser misterioso apenas para esconder essa minha ignorância
Esse lago de incertezas onde me afogo
Quando busco respostas ao que diz respeito a meus sentimentos.
Vontades ocultas
Queria ter o poder de enxergar
Os pensamentos das pessoas que estão a meu redor
Só pra saber quem são os meus amigos
Saber o número certo de quantos inimigos tenho
Queria ter o poder de enxergar
Além do céu
Além do mar
Queria ter o poder de não ligar
Não temer as conseqüências antes mesmo de agir
Sentir prazer até mesmo em errar
E aprender com o fracasso que não se deve desistir
Queria ter o poder de não chorar
Sempre que a tristeza invadir o meu coração
Ser ignorante ao ponto de não procurar
A solução para os problemas
Não dar ouvidos a razão
Eu não
Eu não quero mais viver assim
Importando-me com tudo e com todos
Quero ter um tempo só para mim
Antes que as barreiras me matem aos poucos
Eu não quero ter pra sempre a noção
E aceitar as coisas como são
Eu quero ter a displicência de um louco
E a frieza de um fraco atirador
Os pensamentos das pessoas que estão a meu redor
Só pra saber quem são os meus amigos
Saber o número certo de quantos inimigos tenho
Queria ter o poder de enxergar
Além do céu
Além do mar
Queria ter o poder de não ligar
Não temer as conseqüências antes mesmo de agir
Sentir prazer até mesmo em errar
E aprender com o fracasso que não se deve desistir
Queria ter o poder de não chorar
Sempre que a tristeza invadir o meu coração
Ser ignorante ao ponto de não procurar
A solução para os problemas
Não dar ouvidos a razão
Eu não
Eu não quero mais viver assim
Importando-me com tudo e com todos
Quero ter um tempo só para mim
Antes que as barreiras me matem aos poucos
Eu não quero ter pra sempre a noção
E aceitar as coisas como são
Eu quero ter a displicência de um louco
E a frieza de um fraco atirador
saudade
Porque as coisas são assim?
Pergunta sem resposta
A vida passa e alguns se vão
O que podemos fazer?
Leio revistas e jornais
Cheios de assuntos banais
Você também deve estar aí
Tentando enganar a mente
A vida não é programada
Ela apenas acontece
Mas e a dele,
Pra onde será?
Pra onde será que foi?
Leio revistas e jornais
Cheios de assuntos banais
Você também de estar aí
Tentando enganar a mente
Não adianta todo ano é assim
A lembrança nos invade
O que podemos fazer?
Não sei fingir ser forte
Eu te liguei só pra dizer
Não aguento mais
Estou com saudade do cara...
Pergunta sem resposta
A vida passa e alguns se vão
O que podemos fazer?
Leio revistas e jornais
Cheios de assuntos banais
Você também deve estar aí
Tentando enganar a mente
A vida não é programada
Ela apenas acontece
Mas e a dele,
Pra onde será?
Pra onde será que foi?
Leio revistas e jornais
Cheios de assuntos banais
Você também de estar aí
Tentando enganar a mente
Não adianta todo ano é assim
A lembrança nos invade
O que podemos fazer?
Não sei fingir ser forte
Eu te liguei só pra dizer
Não aguento mais
Estou com saudade do cara...
Trecho de uma carta de amor
Talvez eu não seja tão sincero
Ao ponto de lhe dizer aquilo que certamente irá magoá-la.
Visto-me de covarde
Canto,
Choro,
Invento,
Mas lá no fundo,
Bem lá no fundo,
Sei que o meu coração é totalmente às avessas
E ele é bem melhor e bem mais sensato
Do que essa minha cabeça oca, tola, vulgar.
E acima de tudo,Humana.
Ao ponto de lhe dizer aquilo que certamente irá magoá-la.
Visto-me de covarde
Canto,
Choro,
Invento,
Mas lá no fundo,
Bem lá no fundo,
Sei que o meu coração é totalmente às avessas
E ele é bem melhor e bem mais sensato
Do que essa minha cabeça oca, tola, vulgar.
E acima de tudo,Humana.
Sozinho
Como é estranho te encarar agora.
Você não é mais o mesmo.
A juventude,
A coragem,
A esperança,
Todas já foram embora.
Os teus olhos já não brilham mais.
Medos,
Desejos,
Temores,
Eles também te abandonaram.
A sua fiel companheira também te abandonou
Resolveu partir mais cedo
A família pela qual você tanto lutou
Também te abandonou
E feito um coronel traído por sua tropa
Você foi jogado aqui,
Nesse asilo,
Cheio de pessoas com histórias diferentes
Más, com o mesmo final.
Tristes e sozinhas
Tendo como companhia
Apenas velhas recordações
Lembranças do tempo em que foi útil.
Você não é mais o mesmo.
A juventude,
A coragem,
A esperança,
Todas já foram embora.
Os teus olhos já não brilham mais.
Medos,
Desejos,
Temores,
Eles também te abandonaram.
A sua fiel companheira também te abandonou
Resolveu partir mais cedo
A família pela qual você tanto lutou
Também te abandonou
E feito um coronel traído por sua tropa
Você foi jogado aqui,
Nesse asilo,
Cheio de pessoas com histórias diferentes
Más, com o mesmo final.
Tristes e sozinhas
Tendo como companhia
Apenas velhas recordações
Lembranças do tempo em que foi útil.
Liberdade noturna
Pessoas interessantes
Em um instante
Tornam-se especiais
Você minha amiga é a comprovação dessas minhas saudosas palavras
A noite é uma mãe
Para quem não quer voltar pro ninho
E a sua companhia me faz esquecer que sou órfão
Vamos vadiar por toda a cidade
Vamos logo
Pois o sol em breve nascerá
E ele é o zelador que tranca os portões de nossa liberdade
Vamos brincar, sorrir, xingar!
Palavrões são dialetos urbanos
Bebidas é apenas um detalhe
E o sexo, um meio de extravasar os extintos.
Vamos minha amiga
A cidade é um zoológico
E a população, animais trancados em suas jaulas domiciliares.
Mas nós,
Somos apenas turistas
Meros visitantes
Meros visitantes.
Em um instante
Tornam-se especiais
Você minha amiga é a comprovação dessas minhas saudosas palavras
A noite é uma mãe
Para quem não quer voltar pro ninho
E a sua companhia me faz esquecer que sou órfão
Vamos vadiar por toda a cidade
Vamos logo
Pois o sol em breve nascerá
E ele é o zelador que tranca os portões de nossa liberdade
Vamos brincar, sorrir, xingar!
Palavrões são dialetos urbanos
Bebidas é apenas um detalhe
E o sexo, um meio de extravasar os extintos.
Vamos minha amiga
A cidade é um zoológico
E a população, animais trancados em suas jaulas domiciliares.
Mas nós,
Somos apenas turistas
Meros visitantes
Meros visitantes.
Relato invisível
Hoje estou com 23
Os meus cabelos continuam negros
A minha barba cada dia mais grossa
A faculdade cada dia mais chata
Aminha namorada a cara da faculdade
Os meus tênis sempre sujos
O meu quarto a mesma bagunça organizada
No meu computador as mesmas músicas
E os meus amigos,
Sempre falando do passado,
Daquela noite,
Daquela festa...
Os meus cabelos continuam negros
A minha barba cada dia mais grossa
A faculdade cada dia mais chata
Aminha namorada a cara da faculdade
Os meus tênis sempre sujos
O meu quarto a mesma bagunça organizada
No meu computador as mesmas músicas
E os meus amigos,
Sempre falando do passado,
Daquela noite,
Daquela festa...
As coisas que sinto
Sinto muito medo do mundo
Sinto muito amor por você
Sinto muita raiva da vida
Sinto muito não sei por que
Sinto uma alegria incontida
Sinto uma paz e no mesmo momento
Sinto uma tristeza escondida
Sinto um vazio por dentro.
Sinto muito amor por você
Sinto muita raiva da vida
Sinto muito não sei por que
Sinto uma alegria incontida
Sinto uma paz e no mesmo momento
Sinto uma tristeza escondida
Sinto um vazio por dentro.
Folhas ao vento
Hoje o céu está tão cinza
E a minha mente está tão nublada
Já li uma pilha de livros
Já escrevi milhares de versos
Tento me ocupar
Só pra não pensar em ti
Hoje eu pude perceber
Que o Domingo é mesmo um dia triste
Mas pensando bem os meus dias estão sendo todos iguais
Sem graça e sem cor
Será que um dia tudo isso vai passar?
Ou será que terei que me conformar?
A tarde passa lentamente
Sinto na pele a solidão
Bate-me uma vontade imensa de chorar
Folhas ao vento e eu perdido em meus lamentos
Lá fora a chuva cai
E eu aqui
Sozinho
Tentando me encontrar
Será que um dia tudo isso vai passar?
Será que um dia você vai...
E a minha mente está tão nublada
Já li uma pilha de livros
Já escrevi milhares de versos
Tento me ocupar
Só pra não pensar em ti
Hoje eu pude perceber
Que o Domingo é mesmo um dia triste
Mas pensando bem os meus dias estão sendo todos iguais
Sem graça e sem cor
Será que um dia tudo isso vai passar?
Ou será que terei que me conformar?
A tarde passa lentamente
Sinto na pele a solidão
Bate-me uma vontade imensa de chorar
Folhas ao vento e eu perdido em meus lamentos
Lá fora a chuva cai
E eu aqui
Sozinho
Tentando me encontrar
Será que um dia tudo isso vai passar?
Será que um dia você vai...
Discórdia
As incertezas quando batem fundo ao coração
Não há remédio que amenize tamanha dor
Não há sentido pior do que sentir
A garganta seca e uma vontade imensa de chorar
Quando eu penso no futuro
Me agarro no passado
E uma lembrança qualquer me faz existir
Vejo num olhar inocente de uma linda criança
Que os sonhos são parecidos
Más,
Nada é igual
Vejo campos floridos,
Vejo campos de guerra,
Homens trancados em celas,
Homens jogados ao mar
Gregos ou Troianos
Ades,
Visões distorcidas
Prometo a você
Não vou mais chorar
Então entra pela porta da frente
Estenderei tapete vermelho pra você
Hoje estou tão carente
Que acreditarei em tudo que você me disser
Me diz do teu amor
Que não vai me trair
Que se regenerou
Que sentiu saudade de mim
E que não vai mais ir embora
É,
Os canhões dos exércitos estão
virados para o nosso humilde lar
E a nossa criança foi colher flores no jardim do quintal
Olhando da janela da pra ver
o medo em um pôr do sol atraente
Mas o horizonte não é assim tão belo
Quando a sua linha corta a paz ao meio
Não há remédio que amenize tamanha dor
Não há sentido pior do que sentir
A garganta seca e uma vontade imensa de chorar
Quando eu penso no futuro
Me agarro no passado
E uma lembrança qualquer me faz existir
Vejo num olhar inocente de uma linda criança
Que os sonhos são parecidos
Más,
Nada é igual
Vejo campos floridos,
Vejo campos de guerra,
Homens trancados em celas,
Homens jogados ao mar
Gregos ou Troianos
Ades,
Visões distorcidas
Prometo a você
Não vou mais chorar
Então entra pela porta da frente
Estenderei tapete vermelho pra você
Hoje estou tão carente
Que acreditarei em tudo que você me disser
Me diz do teu amor
Que não vai me trair
Que se regenerou
Que sentiu saudade de mim
E que não vai mais ir embora
É,
Os canhões dos exércitos estão
virados para o nosso humilde lar
E a nossa criança foi colher flores no jardim do quintal
Olhando da janela da pra ver
o medo em um pôr do sol atraente
Mas o horizonte não é assim tão belo
Quando a sua linha corta a paz ao meio
Enquanto isso, na rodoviária...
Estamos nos escondendo.
Me perco em você
Você procura em mim
Aquilo que nós dois queremos sentir, ser e viver
Vamos fugir pra bem longe
Pra onde os olhos não nos alcance
Pra onde os Juízes dormem calmamente
Pra onde não exista juri
Vamos pegar o primeiro expresso da noite
A noite está fria e nossos corpos em chama.
Vozes ecoam em busca de respostas
Mas o barulho ao redor da rodoviária não nos permite formular perguntas
Então, Queremos apenas fugir
Fugir pra bem longe
Pra onde possamos ser um só corpo
Um só sentimento
Um só coração.
Me perco em você
Você procura em mim
Aquilo que nós dois queremos sentir, ser e viver
Vamos fugir pra bem longe
Pra onde os olhos não nos alcance
Pra onde os Juízes dormem calmamente
Pra onde não exista juri
Vamos pegar o primeiro expresso da noite
A noite está fria e nossos corpos em chama.
Vozes ecoam em busca de respostas
Mas o barulho ao redor da rodoviária não nos permite formular perguntas
Então, Queremos apenas fugir
Fugir pra bem longe
Pra onde possamos ser um só corpo
Um só sentimento
Um só coração.
àguas de Janeiro
Passos largos
Chuva forte
Vento frio
Ponto de onibus
Eterna espera
Poça d'agua
carro veloz
desgraçado!
mente suja
olhar sério
pouco papo
muito frio
lá vem ele
correria
roleta russa
lotação!
puxa papo
quero um ziper
implorandopor silêncio
A cabeça
explodindo
os sapatos
enxarcados
cochilar?
impossível
barulhada
do caralho
Chuva forte
Vento frio
Ponto de onibus
Eterna espera
Poça d'agua
carro veloz
desgraçado!
mente suja
olhar sério
pouco papo
muito frio
lá vem ele
correria
roleta russa
lotação!
puxa papo
quero um ziper
implorandopor silêncio
A cabeça
explodindo
os sapatos
enxarcados
cochilar?
impossível
barulhada
do caralho
Não se esquece um grande amor
Não se esquece um grande amor
Não se esquece
Dói por dentro
É complicado explicar
Que não se esquece um grande amor
É tão estranho
A vida é um vem e vai
Mas um grande amor não se esquece jamais
E assim vamos vivendo
Sempre tendo alguém preso em nossa memória
Sorrindo ou sofrendo
Estamos sempre remexendo em nossa história
Mas porque tem que ser assim?
Se temos pela frente todo o futuro.
Retornar ou prosseguir
O presente fica sempre em cima do muro
Não se esquece
Dói por dentro
É complicado explicar
Que não se esquece um grande amor
É tão estranho
A vida é um vem e vai
Mas um grande amor não se esquece jamais
E assim vamos vivendo
Sempre tendo alguém preso em nossa memória
Sorrindo ou sofrendo
Estamos sempre remexendo em nossa história
Mas porque tem que ser assim?
Se temos pela frente todo o futuro.
Retornar ou prosseguir
O presente fica sempre em cima do muro
Samba pra mim
Vejo o tempo passar assim
A velhice a me acompanhar
Alguns amigos antigos
Partindo pra não mais voltar
E as cores que antes eu via
Em tudo a minha volta
Está cada dia mais cinza
Não sinto o perfume das rosas
E aquela moçaQue me tirava o sono
Deu-me gotas de esperança
E um mar de desengano
Mas sobrevivi
E agora vivo cantando
Tudo o que eu já vivi
Desgraças do meu cotidiano
A velhice a me acompanhar
Alguns amigos antigos
Partindo pra não mais voltar
E as cores que antes eu via
Em tudo a minha volta
Está cada dia mais cinza
Não sinto o perfume das rosas
E aquela moçaQue me tirava o sono
Deu-me gotas de esperança
E um mar de desengano
Mas sobrevivi
E agora vivo cantando
Tudo o que eu já vivi
Desgraças do meu cotidiano
O realista
Cansado de tanto esperar por alguém
Resolvi me desligar do mundo
Tranquei o meu coração pro amor
Não quero mais saber.
Os dias parecem tão reais
Agora que eu não me iludo mais
Não tenho mais medo da solidão
Peguei o cupido e arranquei as suas asas
Não quero mais sofrer
Não quero mais chorar
Agora eu só quero viver
Sem me iludir com um mundo de sonhos
As boas lembranças eu apaguei
E dos maus momentos nem me lembro mais
Não sou mais amante do passado
Não sou mais um anjo ou fora da lei
O cheiro amargo que exala
Das flores negras do meu jardim
Perfuma os caminhos da minha vida
Com o mesmo cheiro de um funeral
Não quero mais sofrer
Não quero mais chorar
Agora eu só quero viver
Sem me iludir com um mundo de sonhos.
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