quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Eu não pedi pra morrer

Praticando a dança do esquecimento
Cuidando das velhas feridas expostas
Contando histórias sem fundamento
Na busca de não me entregar
Defendo toda a minha escuridão e não vejo motivo algum pra torna-la assim tão pública
Tenho um sorriso triste
E um olhar amarelado
Seria anemia?
Seria febre?
Foda-se
Eu só desejo correr pro mirante e tomar um porre do vinho mais vagabundo e barato que existe
E fazer das vozes dos meus amigos um refúgio
Uma forma de ser contra as engrenagens do tradicional relógio da vida
Agora jogo no time do "nem fudendo"
E não tenho mais tempo pra lamentar
Só tenho tempo, e muito pouco tempo,
Pra tentar viver
Curtir,zoar,
Marcar essa minha breve passagem
Seja na areia ou na pedra
Doses homeopáticas que nada
O doutor que me desculpe
Eu quero beber o xarope é no gargalo
E ai de quem vier tentar me vender um pedacinho no céu
Não quero criar barreiras e nem me privar de realizar os meus desejos
As minhas vontades
Chega de sofrer só pra agradar o mundo
Sou mais sorrir por alguns segundos e ver de camarote o mundo viver uma guerra de cem anos
Individualismo egoísta?
Que nada
Quem mandou me dar essa passagem antecipada?
Agora papai,
Aguenta.

Nenhum comentário: