quarta-feira, 25 de março de 2009
Pobre Zé
Dez da manhã
E ele surge todo todo
Com um sorriso pra lá de debochado
Ensaiando um gingado torto no meio da rua
Passou no boteco e abraçou os chegados
Pediu para o mané uma porção de suan
Pediu pra passar a risca
E bebeu numa golada só
Mas o tempo foi passando
E a alegria misturando com as lamúrias
Pensou no aluguel
Pensou no desemprego
Mas a saudade é que foi cruél
O sorriso foi embora
A pinga perdeu o gosto
O olhar que era forte
Sambou
A lágrima correu por todo o rosto
Rosinha mulata roxa
Bonita feita ela só
A saudade deixou o zé na pior
E ele em seu desespero
Subiu no balcão
E de rabo cheio disse:
-O homem para ser infeliz nem precisa da dor
Veja eu,
Malandro,tonto e sem amor.
quinta-feira, 19 de março de 2009
Quem sabe isso quer dizer amor
Dos olhos castanhos que um dia me trouxeram a cegueira
só restou a nostalgia
Coisas boas e bestas para recordar
mero alguém pra se lembrar
e alguns motivos para me odiar
Como é estranha a arte de se relacionar
a gente custa para acordar
pede pra sofrer
pede pra chorar
mas no fundo no fundo,
só quer gozar
da cara da pobreza do amor
da cara da desgraça
da cara da carência
da patética dor de amar
Alguém aí na esquina
por favor me atropele
só restou a nostalgia
Coisas boas e bestas para recordar
mero alguém pra se lembrar
e alguns motivos para me odiar
Como é estranha a arte de se relacionar
a gente custa para acordar
pede pra sofrer
pede pra chorar
mas no fundo no fundo,
só quer gozar
da cara da pobreza do amor
da cara da desgraça
da cara da carência
da patética dor de amar
Alguém aí na esquina
por favor me atropele
sexta-feira, 6 de março de 2009
Enquanto meus olhos...
Caminho por lugares tão comuns
Me torno criminoso
Sequestro a atenção
Penso umas bobagens
Absurdas para se dizer
Será que ele existe?
Será que é verdade?
Sei lá,
Não cabe a mim decidir
Um certo alguém um dia disse
Que a resposta voa com o vento
Mas o invisível também pode mentir
O medo é um instante
A felicidade um momento
E quem sou eu para escolher
Vejo a Luz
Mas já me acostumei com o cinza desse céu
Vejo a paz
E vou procurar compartilhá-la com vocês
Mas,
Será?
Me torno criminoso
Sequestro a atenção
Penso umas bobagens
Absurdas para se dizer
Será que ele existe?
Será que é verdade?
Sei lá,
Não cabe a mim decidir
Um certo alguém um dia disse
Que a resposta voa com o vento
Mas o invisível também pode mentir
O medo é um instante
A felicidade um momento
E quem sou eu para escolher
Vejo a Luz
Mas já me acostumei com o cinza desse céu
Vejo a paz
E vou procurar compartilhá-la com vocês
Mas,
Será?
segunda-feira, 2 de março de 2009
Pela fresta
Pedaços de dias
Pedaços de sonhos
Pedaços de vida
Tudo vai e vem
Nada vem e fica
Tudo o que se abre
Me faz lembrar feridas
Mas,
Tudo bem
Assim a vida segue
Mesmo que eu não queira
Fingir que o mundo é leve
Pesar é mentir
Que hoje estou tranquilo
Dar um bom dia falso
Aconselhar amigos
Não é assim
Mas porque não pode ser?
Não tem ninguém aqui
Além de você
Leia bem baixinho
E não conte pra ninguém
Pode ser que eu me torne um falso
Na cabeça de alguém.
Mas não tem problema
Cada um carrega a sua cruz
Quando for sair
Por favor,
Apague a luz
Muito obrigado
Pedaços de sonhos
Pedaços de vida
Tudo vai e vem
Nada vem e fica
Tudo o que se abre
Me faz lembrar feridas
Mas,
Tudo bem
Assim a vida segue
Mesmo que eu não queira
Fingir que o mundo é leve
Pesar é mentir
Que hoje estou tranquilo
Dar um bom dia falso
Aconselhar amigos
Não é assim
Mas porque não pode ser?
Não tem ninguém aqui
Além de você
Leia bem baixinho
E não conte pra ninguém
Pode ser que eu me torne um falso
Na cabeça de alguém.
Mas não tem problema
Cada um carrega a sua cruz
Quando for sair
Por favor,
Apague a luz
Muito obrigado
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