São dias,
Horas
Momentos que me transformam
Que me constrói
São vidas,
Relacionamentos que passam
Sentimentos construídos com areia e barro
Que desmoronam
Que me distrói
São meias verdades
São meras mentiras
São canções de amor
Letras, sonetos, poesia
Levezas e durezas
Ambas passageiras
Me seguro nas boas lembranças
Libertando o presente
Ignorando por completo os males futuros
Mesmo ciente que nada voltará a ser como antes
Eternas algemas do passado
E pra ser sincero,
Melhor que seja assim
domingo, 30 de outubro de 2011
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Verdades
Dentre os corpos mais belos
E estranhos do mundo
Do meu mundo tão falho
Dos meus medos mais tensos
Você me fez assim
Sou cheio de manias
Escondo-me em palavras
Me visto de lamentos
Atraso todos os lados
Por medo de sorrir
Você me conta coisas que são da tua conta
Acostumei-me a escutar
Apenas escutar
Não fui tão bom ao ponto de dizer palavras tolas
Mentiras,
Deixei todas guardadas no bolso do meu paletó
Pensei,
Mas não quis te enganar
Tentei,
Mas não consegui
Freei no instante em que vi tuas lágrimas
Teus olhos tão doces
Tua face tão linda
Impossível ser tão ruim
Não consegui ser tão ruim
Juro,
Não consegui te enganar
sábado, 21 de maio de 2011
Sou humano. Não tenho religião
A leveza da gentileza
O frescor do amor ao próximo
A clareza dos bons pensamentos
A força da justiça
Prefiro a caridade do que o terço
Prefiro a simplicidade do que os cálices de ouro
Prefiro a serenidade do que a hipocrisia
Prefiro uma única boa ação do que mil orações ensaiadas
Humanos são humanos
Respeitar não dói
Dedicado a Irmã Dulce
domingo, 6 de março de 2011
The Maginal Mode
Carne
Canivete
Sangue
Braço
Medo
Bolsa
Pernas pra quem te quero
Pernas pra quem te quer
Calcinha
Sandália
Esquina
Chiclete
Bolsa
Carro
Programa de fim de noite
Inoscência que chega ao fim
Menina
Puta
Cama
Pivete
Ponte
Porra!!
Se ontem era o futuro
O futuro ainda não chegou
Se chegou,
Hoje é porra
Se chegou,
Hoje é merda
Se ja foi
Já foi tarde
Tenho medo de dormir
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Punhos
Caía a chuva
Caía os dentes
Caía a máscara
Caía tudo aquilo que um dia alguém me disse ser prudente
Ser intocável
Inviolável
É impressionante como a língua se intimida
quando está frente a frente com o olhar
E o perigo eminente passa rente
Como uma bala disparada na friagem de uma conversa vazia
Queima de arquivo
Queimaram as palavras
Sumiram as provas do meu existir
Gritava alto
Sonhava baixo
E na leveza do pesar do conciente inconsciente
mas ciente de que isso não era para ser assim
Seria assim?
Seria assado?
Pouco me importa
Tomei a atitude de não me mover
E nunca me senti tão sábio
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Na carne
Ferva a tua boca
e escalde a minha lingua
Quero sentir teus impulsos
desejos e vontades expulsos da mente
derramados por todo o teu corpo
Salíva sabor batom
Perfume de carne viva
cheiro de pele quente
entrelaçadas feito um só tecido
Respiração contínua
Expiração quase eterna
dialétos indecifráveis
Amor a perder de vista
Mesmo que por uma noite
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Coma
Respiração cada vez mais cinza
Pensamentos simbólicos
Desejos abstratos
Ideais ocultos
Relaciono a fadiga com os fatores
E o resultado é febril
Por onde andei?
Que cama é essa?
Qual corpo é o meu?
Difícil tentar melhorar a visão perante o mundo
Quando não nos sentimos em casa
Nem mesmo dentro de nós mesmos
De certa forma,
Chega a ser ridículo
Aperto os olhos procurando ver através da luz
A cura,
A salvação
Talvez estejam perto
Talvez estejam longe
Talvez nem existam
Mas nem por isso vou perder a chance de talvez me enganar
Nos dias quentes a frieza me ataca
E nas noites em que me perco no calor das angústias
Não consigo relacionar realidade com delírio
Aí entra o sono e lava tudo
Pensamentos simbólicos
Desejos abstratos
Ideais ocultos
Relaciono a fadiga com os fatores
E o resultado é febril
Por onde andei?
Que cama é essa?
Qual corpo é o meu?
Difícil tentar melhorar a visão perante o mundo
Quando não nos sentimos em casa
Nem mesmo dentro de nós mesmos
De certa forma,
Chega a ser ridículo
Aperto os olhos procurando ver através da luz
A cura,
A salvação
Talvez estejam perto
Talvez estejam longe
Talvez nem existam
Mas nem por isso vou perder a chance de talvez me enganar
Nos dias quentes a frieza me ataca
E nas noites em que me perco no calor das angústias
Não consigo relacionar realidade com delírio
Aí entra o sono e lava tudo
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
O Ganges nosso de cada dia
É na luxúria do tempo
Na gula das horas que nos engole aos poucos
que nascem as incertezas,
os medos
Perguntas martelam na mente o tempo todo
nos reduzndo cada vez mais
até que o sentimento de inferioridade nos cubra por completo
E assim, as verdades são mantidas em segredo
em grandes cofres trabalhados em ferro bruto
simbolizando a avareza do existir
Temos as chaves
mas perdemos as forças
E então nos rendemos
escravizados, pobres e fracos
mortos de sede
agonizando a margem do rio da ignorância
e a única opção é nos fartar de sua agua imunda
Somos cegos demais para reparar tamanha impureza
A fé no amanhã também nos faz sangrar
domingo, 9 de janeiro de 2011
Contando as horas
Riscando a parede suja dessa pensão indigesta
Cai a chuva
conto as gotas pra não enlouquecer
Idéia de indio?
talvez
mas o que o mundo de lá não sabe,
é que o relógio do lado daqui é retrógrado
não se ganha um minuto
ao contrário,
por aqui se perde dias, semanas, meses,anos...
Todo o seu passado de benfeitorias não significa nada
São várias mentes
poucos amigos
vários códigos
mas poucas palavras
Como é dificil se sentir humano por aqui
e a definição de "gente",
se torna uma coisa abstrata
Ilustrações e nada mais
Dedicado aos corações que vagam pelos becos sujos do viver
Marcadores:
abstrato,
códigos,
mundo,
retrógrado
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