Diferente de hoje
onde todo natal é só mais um natal,
a gente gostava de tirar onda com Deus
e fazer covardia com seus fãs mais exaltados
Nós eramos diabos alados
desgraçados e sem futuro
na visão daquelas velhas chatas, feias e católicas
Hoje, doze anos depois
puto de raiva
gritei pra extravasar
Bom, pelo menos tentei
pois bem no meio de um palavrão,
me lembrei de você
deixando escapar um sorriso bobo no canto da boca
Feliz natal meu velho amigo
E se Deus te pertubar,
a gente acerta ele.
E o tempo passou levando todas as velhas chatas, feias e católicas
dando lugar as nossas mães lindas, maravilhosas
porém deprimidas.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
sábado, 20 de dezembro de 2008
Cartinha para ler com a voz de criança
Bondoso papai do céu
Esse ano eu me comportei mal
Não fui um bom menino
mas no próximo ano eu prometo ser
Deixarei de ser corrupto
Não vou destruir a natureza
Não vou mais por dinheiro na cueca
Prometo cumprir meus dias de trabalho no senado
Não farei vista grossa para a fome
Não desviarei dinheiro
Prometo dar moradia aos sem teto
dar condição de trabalho digna a todos
Não fazer vista grossa para a fome
E nunca mais vou espiar a minha priminha tomar banho.
Esse ano eu me comportei mal
Não fui um bom menino
mas no próximo ano eu prometo ser
Deixarei de ser corrupto
Não vou destruir a natureza
Não vou mais por dinheiro na cueca
Prometo cumprir meus dias de trabalho no senado
Não farei vista grossa para a fome
Não desviarei dinheiro
Prometo dar moradia aos sem teto
dar condição de trabalho digna a todos
Não fazer vista grossa para a fome
E nunca mais vou espiar a minha priminha tomar banho.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
caviar, sobremesa e tira-gosto
Ele trafega pelas ruas
com cara de "que rei sou eu"
Fala de boca cheia a situação do mercado
Monopoliza a cidade
e acredita monopolizar o coração dela também.
Ela agora é da elite
Escuta bossa nova
mas sei que ainda sente tesão pela simplicidade
Carrega guardado o samba no pé
Freqüenta restaurantes finos
e usa vestido de seda
Caminho pelos bares a procura do porre perfeito
Leio livros somente pra esquecer
que meu penar é tudo uma questão de estátus
Infelismente,
sambista e dinheiro não caminham na mesma avenida
e assim, meu samba perdeu a graça mais bela
maldito espirito de Jubiabá
Eles usam e abusam da minha paixão
desfilam abraçados em reuniões e premiações importantes
Pela tv,
vejo que ela não tem mais aquele olhar sincero
e nem aquele sorriso
que radiava ao meu lado nas noites de fevereiro
Ele é mais um velho bem sucedido que comprou a beleza
Eu sou mais um sambista apaixonado que relata sofrimentos
E ela é mais uma que não deu atenção ao Cartola
E que em pouco tempo não serás mais o que és
com cara de "que rei sou eu"
Fala de boca cheia a situação do mercado
Monopoliza a cidade
e acredita monopolizar o coração dela também.
Ela agora é da elite
Escuta bossa nova
mas sei que ainda sente tesão pela simplicidade
Carrega guardado o samba no pé
Freqüenta restaurantes finos
e usa vestido de seda
Caminho pelos bares a procura do porre perfeito
Leio livros somente pra esquecer
que meu penar é tudo uma questão de estátus
Infelismente,
sambista e dinheiro não caminham na mesma avenida
e assim, meu samba perdeu a graça mais bela
maldito espirito de Jubiabá
Eles usam e abusam da minha paixão
desfilam abraçados em reuniões e premiações importantes
Pela tv,
vejo que ela não tem mais aquele olhar sincero
e nem aquele sorriso
que radiava ao meu lado nas noites de fevereiro
Ele é mais um velho bem sucedido que comprou a beleza
Eu sou mais um sambista apaixonado que relata sofrimentos
E ela é mais uma que não deu atenção ao Cartola
E que em pouco tempo não serás mais o que és
sábado, 6 de dezembro de 2008
Cotidiano comum
O olhar de quem não quer ver
A boca de quem implora por silêncio
Folhas brancas sem nenhuma palavra
E uma cabeça cheia de idéias
Os muros da cidade são belos bloquinhos de anotações
Os carros e motocicletas ensaiam uma orquestra incrível
A 9ª sinfonia
A 10ª vitima de um crime bárbaro
O sequestro perfeito
O assalto perfeito
O gozo perfeito da imprensa
As sirenes já estão ligadas
A ambulância cheira esperança
Mas o rabecão tem o odor da morte
Vamos ver qual dos dois chegará primeiro a cena do crime
A cena do filme
A cena do nosso cotidiano
A boca de quem implora por silêncio
Folhas brancas sem nenhuma palavra
E uma cabeça cheia de idéias
Os muros da cidade são belos bloquinhos de anotações
Os carros e motocicletas ensaiam uma orquestra incrível
A 9ª sinfonia
A 10ª vitima de um crime bárbaro
O sequestro perfeito
O assalto perfeito
O gozo perfeito da imprensa
As sirenes já estão ligadas
A ambulância cheira esperança
Mas o rabecão tem o odor da morte
Vamos ver qual dos dois chegará primeiro a cena do crime
A cena do filme
A cena do nosso cotidiano
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
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