quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Meu Fim de Ano
Voei bem alto
Pra evitar a queda
Mas sabia que estava apenas alimentando-a ainda mais
Tudo cinza
Não encontro saídas
Todas as portas são tolas
Todas janelas são inúteis
Do outro lado
Não existe nada
Agora, todos se afastam
Já não sirvo mais
Virei uma aberração
Queria poder me esconder por toda a eternidade
Não por vergonha ou medo
Mas pra evitar esses olhares podres que miram em minha direção
Pedaços de vidros cortantes que me fazem sangrar dia após dia
Noite após noite
Respiro bem forte mas o ar insiste em me evitar
Não me sinto mais em mim
Essa sombra que me cobre
Esses pensamentos que me dominam
Eu não os quero mais
Eu não os quero mais!
Mas minha fraqueza agora é minha cama
Minha solidão é o meu cobertor
E com eles repouso em um turbulento e desgraçado descanso
Espero por alguma coisa,
Um barulho,
Um alguém que possa me acordar a tempo
Eu só preciso de cuidado
E nada mais
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Dez de Outubro
As coisas não são assim
Perceber que tudo o que você mais ama
se desfaz
Escorrendo pela palma da mão
E o esforço pra tentar refazer
Ou quem sabe,
Parar essa triste transformação
É inútil.
É inútil.
Mais uma vez
Tentar evitar o inevitável
Garantia de exito?
Nenhuma
Mas mesmo assim faz
Por fim ao orgulho
A vergonha
Tudo em nome do desespero
Procurando adiar a cada resto de horas
A solidão
Desculpa se eu não contribuí com a sua felicidade
Perdão se naquele momento mantive guardado as coisas que eu tenho de bom
Um dia eu aprendo a ser menos humano
Menos mundano
Menos sujo
Um dia aprendo a ser menos eu.
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Noite meu eu
Então
Já é outra quinta feira
Todos os seus amigos já foram pra cama
E você aí,
Procurando no nada
alguma coisa pra fazer
Escreve, desenha,
rabisca figuras abstratas em folhas invisíveis
Mas nada o contenta
Busca inspiração
Observa o velho quadro
O balançar da cortina
Tudo parece dizer alguma coisa
Mas essa noite você está sóbrio demais pra ouvir
E burro demais pra entender
Pensando bem,
Inspiração pro abstrato é sempre complicado
Quer saber?
Boa noite.
Já é outra quinta feira
Todos os seus amigos já foram pra cama
E você aí,
Procurando no nada
alguma coisa pra fazer
Escreve, desenha,
rabisca figuras abstratas em folhas invisíveis
Mas nada o contenta
Busca inspiração
Observa o velho quadro
O balançar da cortina
Tudo parece dizer alguma coisa
Mas essa noite você está sóbrio demais pra ouvir
E burro demais pra entender
Pensando bem,
Inspiração pro abstrato é sempre complicado
Quer saber?
Boa noite.
sábado, 1 de setembro de 2012
Perplexidades
Um dia que de fato poderia ter sido melhor
Como está sendo difícil produzir dias felizes.
Teatro?
ensenação?
quem escreve esse roteiro?
Onde mora o inventor?
Um sorriso
Pedaços de esperança
migalhas de um dia bom
Tentar ser forte
Esconder fraquezas
Inventar verdades
Oh!
Como isso queima
Em um mundo verdadeiro,
Não se deve dizer verdades
Ninguém suporta um ser realista
Então mergulho em um rio de mentiras
Tentando ser feliz
Me enganando por satisfeito
Senhor criador,
Porque escondestes a formula?
Nada é pra ser
Nada é pra ser
Sendo assim,
Nada será.
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Scratches...
Os Cortes
John Frusciante
John Frusciante
Os cortes de uma noite escura
As feridas de uma perspectiva
E eu quis você
O pesar da minha amargura
Tive que trazer a você
A face para qual fui dada
Não consigo assemelhar a nada
Os espaços sob um olhar inferior
Como as figuras em um livro de palavras
Eu me relaciono
Os pares de oportunidades
A última coisa que eu nem nunca vi
Eu a gritei para você
A dor de que eu estava precisando
Era um tipo de verdade
O mirante que eu estava clareando
Era as paredes que crescem
Os loucos que eu ignorei
Os cochichos aos esquisitos
E eu fiz
E estava gritando ao assassino sangrento
Quando os cargos vieram
E parei na beira da estrada
Porque foi de lá que eu vim
Meu Deus, mas está tão longe
Pareceria acidentes que tinham vindo diretamente à você
E você mudou teu ponto de vista
E os lugares que você vai
Eu os povôo
As feridas de uma perspectiva
E eu quis você
O pesar da minha amargura
Tive que trazer a você
A face para qual fui dada
Não consigo assemelhar a nada
Os espaços sob um olhar inferior
Como as figuras em um livro de palavras
Eu me relaciono
Os pares de oportunidades
A última coisa que eu nem nunca vi
Eu a gritei para você
A dor de que eu estava precisando
Era um tipo de verdade
O mirante que eu estava clareando
Era as paredes que crescem
Os loucos que eu ignorei
Os cochichos aos esquisitos
E eu fiz
E estava gritando ao assassino sangrento
Quando os cargos vieram
E parei na beira da estrada
Porque foi de lá que eu vim
Meu Deus, mas está tão longe
Pareceria acidentes que tinham vindo diretamente à você
E você mudou teu ponto de vista
E os lugares que você vai
Eu os povôo
Eu os povoei
E estou tão contente por você ser minha
Isso muda completamente a fábrica do tempo
E eu sou inútil
E seus rostos são corpos
E suas mãos são pés
Deixe-me deitar e rolar
Em coisas que não consigo acreditar
Mas eu tentei
Sim, eu tentei
E eu tentei
Você sabe que tentei
Isso muda completamente a fábrica do tempo
E eu sou inútil
E seus rostos são corpos
E suas mãos são pés
Deixe-me deitar e rolar
Em coisas que não consigo acreditar
Mas eu tentei
Sim, eu tentei
E eu tentei
Você sabe que tentei
quarta-feira, 11 de julho de 2012
Claras lembranças de uma vida em pensamento
Que imagem mais fútil
Vulgar
Pobre imagem
Seria uma lembrança?
Adorno de cabeça enfeitando a dor no peito
As lembranças não são maiores que as inúteis mãos que imploram
Medos, desejos, presságios.
Relatos em quadros semi detalhados de uma memória tortuosa
Que já não se importa mais com o pesar da realidade
Que imagem mais fútil aquela no espelho.
Aqueles olhos, aquelas mãos, aquela sombra do que um dia foi vida
Pobre ser
Seria uma lembrança?
Tenta se convencer que o tempo é companheiro
E que o revés de todas as dores em breve acontecerá
Inútil forma de se enganar
Sutil, a dor se aloja,
Se recosta no peito, aconchegando, se moldando, sendo um só.
Inútil lutar contra o monstro maior que nós
Um monstro sem rosto, sem cor, sem gosto.
Um monstro assim, feito de pobres recordações
Ou seriam falsas lembranças?
Branco, claro demais, informe demais, demais, demais
Ele toma conta daquilo que desejamos
De nosso corpo e esperanças
Mas acenamos e sorrimos...
Somos felizes,
Felizes e iludidos na nossa clara, limpa e nítida ilusão
Apenas fingindo Viver
Samy / Renato
sábado, 19 de maio de 2012
Tolíce
Folhas desfilam com o auxílio do vento
Passos perdidos vagueiam por ruas indecisas se servem pra quem vai ou pra quem chega
E eu estou no meio
Olhares se cruzam despretenciosos (será?)
Eu não sou tão estranho assim
Nem você é tão perfeito
E a prova está em nossa existência
Passamos a vida inteira nos cobrando por aquilo que não nos faz falta
E essa cobrança infelismente, nos tornam todos iguais
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